segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Sebastianismo



Ao contrário da ideia que se tem logo, não é um exclusivo da nossa pátria (perdoem-me os patriotas).
Ou não perdoem.
O povo, por cá, decidiu aproveitar o nome do rei, com bilhete só de ida para a guerra e ficou.
Não está mal.
Noutras paragens tem outros nomes relacionados com outras situações.
É um pouco como na religião em que são vários os nomes atribuídos a Deus o qual, aliás, teria dado, creio, um bom espião - tem uma lista de nomes considerável e nunca ninguém o viu.
E o sebastianismo, para provar que está de saúde, decidiu manifestar-se no mundo das entidades que têm a pretensão de governar o país.
Sim, falo da política caseira. E decidiu manifestar-se através do conhecido estadista.
Ou foi ele, o Sr. Silva, que decidiu para já, sabendo que o povo é de facto sebastianista, aproveitar o facto e tomar o pulso das massas. E sabe também que há muito pateta das luminárias a babar-se com a possibilidade do seu regresso. Se regressar será pretexto para masturbação das unanimidades (as pró naturalmente) nas quais se incluem os entusiastas de caravana.
E irá livrar-nos da entidade conspícua que conhecemos.
E dele? Quem nos livrará?
Proponho à nação que faça uma vaquinha e contrate um mouro...