segunda-feira, fevereiro 28, 2005

E agora?

Acabou o “burburinho”.
Os balcões voltam a ser pouso e os sofás voltam a ter uso.
E, além da crítica inconsequente na segurança do sofá ou do tasco, sobeja a temática do tempo.
Valha-nos, por agora, a falta de chuva e o frio.

domingo, fevereiro 13, 2005

O circo

O “circo” ainda vai demorar mais uma semana.
Claro que isto é a versão oficial.
Demorará mais.
Não falo do “circo” dos autódromos.
Falo desta “barraca” montada, essencialmente, à escala nacional onde o cartão de visita é a degradação.
Isto entre outras “atracções” próprias de quem a isso se presta.
E digo degradação porque é um espectáculo triste, minguado de valores.
São as bandeirinhas (operadas pelos entusiastas de caravanas e comícios), em manifestações medíocres de jactância veneradora do caciquismo, são os autocarros pintados a rigor com as cores a dizer “eu penso por caderno de encargos” e os cartazes, execráveis, com poses a afectar serenidade, além do arcaboiço financeiro que tudo isso implica.
E um outro ainda, não menos pertinente, que me leva ao início deste texto: depois da ressaca, de se ter “exercido o dever”, se ter feito o “descargo de consciência” e se voltar à vidinha querida que se farta e à crítica no sofá ou ao balcão” ninguém irá querer saber. E o lixo continuará sob outro estado. Agora físico, pelas ruas, nos postes e caminhos rurais, pelas avenidas e parques.
Não há gente capaz, a palhaçada é triste e o país continua, apesar da seca, a afocinhar na lama.

sábado, fevereiro 05, 2005

Do fumo e outros direitos

Deixei de fumar.
Mas, aviso à navegação, não se iludam os idolatras das inscrições dos maços de tabaco.
E, nesta sociedade, também idolatra, em que se cultiva cada vez mais o favorzinho, a subserviência bacoca e o mamar na teta do Estado, aperta-se o cerco à liberdade.
E aperta-se em nome de um “altruísmo comum e social”.
É um argumento que não colhe.
Convence sim quem já está convencido e se escusa pensar por conta própria.
Porque em nome do “progresso” se exerce já a ditadura que vem chegando de mansinho, com patinhas de lã mas não consegue evitar o cheiro a enxofre.
Digo, com toda a pertinência, que fumar já é uma manifestação de liberdade individual.
Eis o lado da barricada que escolho: o da liberdade individual e intrínseca.
Recuso, terminantemente, o capilé nas veias.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Conhecem algum?

Como fazer um chato perceber que está a sê-lo, se ele vê no interlocutor um espelho?
Ele só precisa do interlocutor porque se falasse sozinho a idiotice seria óbvia e o espelho serve-lhe o propósito narcisista.
Embora idiota.