sábado, janeiro 22, 2005

Anúncio

As razões que me levam a fazer o seguinte anúncio são várias.
É.
Vou abandonar o casamento.
E entre elas conta-se a necessidade da variedade.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

A ronda dos adjectivos

A morena estava triste.
E a loura sorridente.
A morena estava desamparada.
A loura lia.
A morena não estava sossegada.
A loura estava abstraída.
E creio que a morena era casada.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Um caso

O Sr. Cederico passou o dia todo do seu casamento com um sorriso exemplar.
Só mais tarde se veio a saber que era uma pessoa dada a crises de fígado.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Conto de terror

Este conto, enquanto conto de terror, contém ingredientes que não portarão surpresas de grande monta.
Há um pinhal, onde a noite impera e se faz caracterizar pela lua cheia (ou era a lua cheia ou a escuridão).
Há árvores, que são pinhos, e corujas (que também existem noutros lados).
Ah, é verdade. Não posso esquecer-me dos uivos.
E também um cavaleiro. Sem cabeça p’ra não ser original.
Era dele que o Sr. Estrafalhote, atemorizado, fugia.
O mais que podia.
Mas não tinha grandes possibilidades de escapar porque o cavaleiro tinha um cavalo.
E é no auge do medo, que é quando o cavaleiro apanha o Sr. Estrafalhote e lhe deita as mãos ao galhete, que tudo acontece.
Ao mesmo tempo, o Sr. Estrafalhote descobre que não vai poder evitar uma ida ao w. c. e que as mãos do cavaleiro são femininas.
E é então que lhe grita: - Até que a morte nos separe!